Investigação aponta que quadrilha alugou casa para dar golpe do falso advogado em SP e tinha lista de novas vítimas

Operação policial prende oito acusados em SP de aplicar golpe do falso advogado Criminosos se passam por advogados para aplicar golpes financeiros contra vít...

Operação policial prende oito acusados em SP de aplicar golpe do falso advogado Criminosos se passam por advogados para aplicar golpes financeiros contra vítimas que têm processos em andamento. Por Redação TV Globo e g1 SP 15/08/2025 07h17 Atualizado há 51 minutos Reprodução Investigações da Polícia Civil de São Paulo apontam que a quadrilha de oito integrantes presa nesta sexta-feira (16) por aplicar o famoso golpe do falso advogado em São Paulo tinha uma lista de novas vítimas que seriam abordadas nos próximos dias. Segundo o delegado do Distrito Federal que investiga o caso em SP, Eduardo Dal Fabbro, os criminosos alugaram uma casa em São Sebastião, litoral Norte de SP, para aplicar novos golpes e dar vernis de seriedade para o esquema criminoso. "A casa estava sendo usada como escritório temporário do grupo criminoso. Já existiam vítimas determinadas que eles tinham estudado. Escolheram o local para evitar qualquer ação da polícia", disse o delegado do Distrito Federal, Eduardo Dal Fabbro. O bando foi preso pela chamada Operação Quimera, conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), ligado ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado. O grupo agia em vários estados do Brasil e fez ao menos seis vítimas em Brasília, onde a investigação começou. Por lá, uma idosa chegou a perder mais de R$ 500 mil. Os investigadores identificaram vítimas da quadrilha também no Pará. A ação contou com apoio operacional da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) e da Divisão de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil do Distrito Federal. No total, 50 policiais participaram da ação. Segundo a Polícia Civil de Brasília – que participou da ação em SP - pelo menos oito pessoas foram presas e mais de R$ 9 mil em dinheiro vivo foram encontrados nos endereços ligados aos criminosos. Os menos três criminosos confessaram participação nos estelionatos em série. Embora cinco deles sejam da capital federal, a Justiça determinou que eles permaneçam presos na cidade de São Paulo. Com o grupo os policiais encontraram também diversos aparelhos de telefone celular e computadores, quatro carros e três motocicletas. Os itens estão avaliados em ao menos R$ 400 mil. A Justiça também determinou o bloqueio de valores em contas bancárias e criptoativos ligados aos criminosos. 👉 Como funciona o golpe: Usando credenciais “vazadas” de advogados, os criminosos obtêm acesso a processos judiciais em andamento, colhendo informações detalhadas das ações e dados das partes envolvidas. A partir daí, entram em contato com as vítimas, passando-se pelo advogado real ou alguém do respectivo escritório, e pedem o pagamento de supostos impostos ou taxas, alegando serem necessários para concluir o processo ou levantar valores judiciais, como no caso de precatórios. As vítimas, induzidas em erro pela riqueza de detalhes, acabam fazendo as transferências solicitadas. Uma das vítimas do grupo, moradora do Distrito Federal, de 65 anos de idade, teve um prejuízo de mais de R$ 500 mil. A Operação Quimera também cumpriu 9 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Sebastião e Mongaguá. Foram apreendidos carros, dinheiro em espécie e aparelhos eletrônicos que faziam parte da central de execução dos golpes. A operação foi conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), ligado ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado e contou com apoio operacional da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) e da Divisão de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil do Distrito Federal. No total, 50 policiais participaram da ação. Os investigados responderão pelos crimes de estelionato qualificado pelo meio eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar até 23 anos de reclusão. Plataforma digital da OAB Uma plataforma digital da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) permite verificar a identidade de advogados de forma rápida e segura para ajudar a população a não cair no golpe do falso advogado. 👉 O site é o ConfirmADV (https://confirmadv.oab.org.br/) Leia mais no link abaixo: Canal de denúncias Se a pessoa tiver sido vítima de uma tentativa de golpe ou feito um pagamento indevido, é possível fazer uma denúncia diretamente pelo canal oficial da OAB Nacional. 👉 O site para fazer denúncias é https://fiscalizacao.oab.org.br. O delegado Eduardo Dal Fabbro deu algumas dicas de como o se prevenir desse tipo de golpe: Sempre fique atento com mensagens de números desconhecidos Procure sempre um contato seguro com o escritório ou advogado que está atuando no processo, para verificar a veracidade das informações; Se o suposto golpista pede dinheiro logo de cara, fique extremamente desconfiado. OAB-RJ lança cartilha de combate ao golpe do falso advogado Divulgação Veja também: OAB está apurando o golpe do falso advogado, que tem causado prejuízo em todo o Brasil